
O bronze é uma mistura de cobre e estanho com traços de outros elementos (prata, ouro e etc) que é usado na maioria dos pratos profissionais. Por isso é comum os pratos terem a letra “B” de bronze seguida por um número, que por sua vez representa a porcentagem de estanho utilizado na liga para produção do prato (ex. B20).
Por que o bronze?, fácil desde o século XVII quando um alquimista da Constantinopla, através de suas experiências, criou essa liga para confecção de sinos, são quase 4000 anos de expertise e aprimoramento no uso desse metal, que possui um extraordinário resultado sonoro, volume e resistência, perfeito para os sons exóticos que se buscavam para serem tocados nas Óperas da época, que finalmente foi suprido pelos pratos de bronze. E assim temos o primeiro registro de pratos na história.
Os séculos vão passando e os pratos começam a ser tocados por mais e mais bandas militares e marciais e também por orquestras sinfônicas seu uso torna-se popular no mundo inteiro. Mas só no século XX é que passaram a ser mais exigidos, através da criação da Bateria, um novo conceito de tocar aparece e os fabricantes passaram a pesquisar e desenvolver mais modelos e tipos de pratos diferentes.
Também existem pratos feitos em outras ligas na sua maioria para iniciantes, como o Latão mistura de cobre e zinco (ex. 302, Planet Z, Power Beat e OC-300) e Níquel Prateado mistura de cobre níquel e zinco (ex. pratos que vem nas baterias infantis e pratos de percussão), porém na sua maioria tem um som e qualidade muito inferior aos pratos de bronze.
De todos os modelos de pratos se destacam por serem os mais usados os seguintes:
RIDE (condução) - são usados para acompanhamento dos ritmos. Quando tocados com a ponta da baqueta, tem de definir muito bem som de cada toque e abrir o menos possível.
CRASH (ataque) - estes têm a responsabilidade de proporcionar abertura. Quanto mais explosiva e sensível à abertura, melhor o crash.
HI HATS (chimbal) - "chick" bem definido, volume e afinação aguda. Estes são os principais aspectos positivos observados por quem pretende comprar um par de hi hats. Mesmo quando tocado em dinâmicas baixas, o som tem de ser claro e definido, tanto fechado quanto aberto.
SPLASHES - são pequenos pratos para ataque. Sua abertura é explosiva e curta, devido ao seu tamanho menor e sua espessura fina.
CHINA TYPE - são pratos mais usados para efeito. Têm um som peculiar, parecendo gongos chineses. Muito utilizados pelos bateristas em quase todos os tipos de ritmo, são os famosos pratos invertidos.
Agora vamos entender as ligas
Vamos iniciar com a B20(80%cobre e 20%estanho) – a liga mais antiga e até hoje a base de diversas linhas profissionais. Não é fácil trabalhar com ela porém ela ainda é uma das ligas senão a liga predileta entre os bateristas. O som do B20 varia de crashes brilhantes até rides darks e sujos. Dado o seu uso secular a combinação musical do B20 parece infinita, com novos modelos lançados todo ano. Pois se modificada a relação do peso, densidade, corpo, tamanho da cúpula, estilo do martelamento, localização, impacto e até mesmo finalizações são criados sons totalmente diferentes de uma mesma liga básica. Por isso maioria dos fabricantes dizem que o B20 oferece um som complexo pois quanto maior a quantidade de estanho numa liga de bronze mais dark e grave o som e hoje a liga b20 pode ser considerada o maple do bronze, sendo a liga mais versátil do mercado.
Num próximo post falo mais sobre as demais ligas