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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vai comprar sua primeira bateria?



Se você vai comprar sua primeira batera e está começando no mundo dos tambores e navegando na internet a procura de informações, ou é fanáticos por bateria e freqüenta sites de bateria diariamente para trocar idéias e estar sempre atualizado, ou mesmo é daqueles que de vez em quando navegam pelas nossas águas, apenas para matar a curiosidade do que anda acontecendo no mercado. Aqui estão uma boas dicas para você que está em busca do primeiro instrumento. – Coitados dos vizinhos... rs -

“Qual batera comprar??”. Essa foi uma dúvida que me tirou boas noites de sono e me assolou por um bom tempo. Hoje vários alunos, amigos e leitores do blog me mandam e-mails ou perguntam pessoalmente sobre dicas para comprar a primeira batera. Como não poderia deixar de ser, resolvi escrever aqui no Batuca um Post sobre esse assinto.
Em geral, o iniciante não ouve conselhos e tende a não manjar muito sobre o instrumento, madeiras, ou mercado, ele sabe que a Pearl e a Zildjian são marcas muito usadas e só quer tocar e fazer um som no seu sonhado primeiro instrumento. E isso geralmente o leva a cair na lábia de vendedores e comprar um instrumento que não seja o que ele procurava.

Atualmente são tantas as opções de marcas, configurações etc., que o iniciante fica vendidinho, sem saber que bateria comprar para atender aos seus anseios. Nada mais natural, pois é um verdadeiro oceano de oportunidades - o mercado cresceu muito nos últimos anos.
Didaticamente falando, é melhor que o principiante comece numa bateria para iniciante, pois necessariamente terá que adquirir uma boa pegada para fazer um bom som e quando tocar numa boa bateria vai fazer aquele som...
Da mesma forma, o ideal é um kit pequeno, que exigirá dele mais criatividade para reproduzir suas variações. Assim, quando ele deparar com um kit grande não terá dificuldades. Ao contrário, vai ter um universo muito maior para não cair na mesmice das viradas e levadas.

Obviamente, tudo vai depender do que você quer com a música e da sua disponibilidade financeira. O importante é você saber que a falta de dinheiro não inviabiliza o seu sonho de ser baterista. A dificuldade de se tocar num instrumento ruim ou ultrapassado é revertida em seu benefício num futuro não muito longe, pois quem aprende a tocar num instrumento assim, aprende de verdade – e toca em qualquer instrumento ou em qualquer situação.

É claro que se você é um milionário, ou se o seu pai faz parte da corja de Brasília, você poderá comprar aquele set estrangeiro, como uma Pearl Master Custom ou Reference, uma DW Collectors ou uma Tama StarClassic, sem maiores dificuldades, mas sem maiores vantagens também. Você não saberá explorar seus recursos – não saberá maximizar o que ela te proporciona de bom. Da mesma forma, se você não é o filho do Lula e não vai comprar um instrumento com o dinheiro do povo, mas tem alguma estabilidade financeira, não precisa comprar uma Gope de 1970 ou uma BNB – uma batera melhor vai te facilitar a vida. Portanto, tudo é questão de bom senso.
O mercado de bateria é honesto, com raras exceções. O preço de uma batera varia de acordo com suas características. A madeira, os aros, a quantidade de tambores e ferragens, o acabamento, a forma de fabricação, a borda, enfim, tudo vai influenciar no preço final. O que é importante sublinhar é que nos dias de hoje as baterias brasileiras estão muito boas, sem necessidade de se recorrer às grandes marcas estrangeiras para se fazer um bom som. A grande vantagem da bateria nacional é que o fabricante fica aqui, e se você quiser peça de reposição vai ter mais facilidade quando precisar. O mesmo podemos dizer se você quiser ampliar o seu set.

Não se deixe levar pelo gosto dos outros. Se você conhece algum baterista e quer um kit igual ao dele, vai entrar numa furada. Bateria é uma coisa muito pessoal. Tudo vai depender do som que você quer levar, ou seja, do seu gosto musical e do seu estilo pessoal de tocar e ouvir a música – e gosto é gosto – não se discute. Cada um tem um ouvido...é como gravata – muito pessoal. Por isso existem baterias para iniciantes. São baterias feitas com medidas-padrão – que caem bem nos mais diversos estilos musicais atendendo a gregos e troianos. Tambores profundos caem bem num rock, mas os rasos, em geral, são mais definidos e se enquadram melhor na atmosfera do jazz, da bossa – e por aí vai. Até o ângulo da borda dos tambores influencia no som. Portanto, comece preferencialmente com medidas padronizadas.

Particularmente, se eu fosse começar a tocar bateria agora, compraria uma de nível “intermediário”, pois dependendo da batera, atende as expectativas profissionais no caso da coisa dar certo – e não precisaria trocar de kit tão cedo. Digo mais: compraria uma bateria usada, pois o preço cai bem e eu poderia adquirir um instrumento melhor, pelo mesmo custo de uma nova inferior. Bateria não é como um carro, que necessariamente envelhece com o uso. Um instrumento antigo e bem cuidado, em tese, será melhor que o novo – pois a madeira fica curada com o tempo. Ela resseca internamente e se torna mais densa – proporcionando um sustain superior. Por outro lado, uma bateria cuja madeira ficou exposta no tempo, ou sob umidade contínua num determinado ambiente, prejudica o casco do seu tambor. Então parceiro, muito cuidado se for comprar uma batera usada. De preferência, esteja com um baterista mais experiente de forma que ele não lhe deixe levar gato por lebre. O mercado de usadas é perigoso – existem muitos oportunistas que confundem os iniciantes. Nos classificados da web encontramos Pearl Export sendo vendidas pelo preço de MasterWorks. Entretanto, casos assim ainda são esporádicos e não chegam a inviabilizar o seu sonho de comprar uma usada “top” ou “intermediária”.
Sou fã de algumas marcas nacionais. Ora, o Brasil é rico em madeiras. Uma hora a indústria da bateria iria aprender a tirar proveito disso – e essa hora chegou. Hoje temos um leque de opções enorme e as bateras são de alto nível. Uma Odery vai se destacar em qualquer lugar do planeta. Uma RMV Concept também. Até a Pingüim voltou com tudo a fabricar suas baterias. Temos ainda a Master e a Adah – esta última com sua
Classic Art que chegou no mercado impressionando até mesmo os mais exigentes. Se considerarmos as importadas as opções também são enormes. A Pearl Export é o fusca. Agüenta o tranco – é bonita, bem acabada e tem um sonzão. Da mesma forma é a Tama Rockstar. Se você não tem muito pra investir, temos a Pearl Fórum ou a Tama Swingstar. Até a Gretsch tem as suas baterias para iniciantes ou intermediárias hoje em dia. A Mapex e a Pacific também são marcas que oferecem boas intermediárias. Enfim, não falta bateria por aí – a questão é você encontrar uma que seja o seu número.

Não se esqueça que os tambores é um investimento que não se exaure em si. Você ainda vai ter que comprar pratos e estantes. Portanto, leve isso em consideração. Você terá que saber planejar muito bem essa compra, de molde que os recursos sejam suficientes para montar o kit completo. Não invista muito num lado de forma que falte do outro – a frustração na hora de tocar será enorme.
Assim, meu amigo de baquetas, recomendo que você procure um baterista mais experiente para te orientar na compra de seu primeiro instrumento. Diga a ele quanto você vai poder gastar – quais as suas expectativas com a música e suas perspectivas para investir no futuro, caso você realmente se apaixone por essa arte milenar.

Seja bem-vindo ao universo dos tambores e boas batucadas pra você !!!!
texto em parceria - Carlos Maggiolo

4 comentários:

  1. Muito bom cara,

    Essa iniciativa é muito legal conte comigo se precisar.


    Lima
    Banda Frost

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  2. vlw cara, eu sei que esse post foi pra mim....rs Caique.

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  3. muito bom, com relçao a conhecimento nunca se tem o bastante, sempre novos conceitos são bem vindos.

    Igor

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  4. Aí cara gostei mt do seu blog eu toh começando agr e oq vc acha de uma rmv series smart ?

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